A evolução histórica do município de Espumoso inicia-se com a
criação do município de Rio Pardo, por provisão de 27/04/1809,
abrangia o mesmo mais da metade do território do Estado do Rio Grande
do Sul.
Em 1819, no entanto, seria criado o município de Cachoeira do Sul, que
desmembrado de Rio Pardo, passaria a ser o maior da então Capitania. Em
1834, desmembrando-se de Cachoeira do Sul seria criado o município de
Cruz Alta, que com sucessivos desmembramentos e sub-desmembramentos iria
gerar 37 dos 427 municípios existentes atualmente. Em 1857, Cruz Alta
perderia vasta extensão territorial, com a criação do município de
Passo Fundo. As terras começaram a ser desbravadas a partir de 1827, e
logo grande número de pessoas nela foi habitar.
Em 1875 de Passo Fundo seria desmembrado o município de Soledade, do
qual, finalmente, em 1954, seria desmembrado Espumoso.
A história de Espumoso está, portanto, condicionada à Soledade. O
território de Soledade, bem como o de Espumoso, pertencia à Província
das Missões Orientais. Os jesuítas espanhóis, após expulsos por
bandeirantes paulistas, em 1638, retornaram em 1682, permaneceram no Rio
Grande do Sul até 1756, quando a ação conjunta de tropas portuguesas
e espanholas os alijaram da região.
Permaneceu esta, no entanto, sob a administração da Guardas Avançadas
Castilhanas. Seria necessária a conquista das Missões, efetuada por
José Borges do Canto e Manoel dos Santos Pedroso, que, contando somente
com 40 homens, incorporaram, em 1801, vasta região à Capitania de São
Pedro do Rio Grande.
O povoamento de Soledade aproximadamente iniciou em 1835, sendo que em
maio de 1846 foi criada a Capela Curata e em 14 de janeiro de 1857, foi
elevado a categoria de Freguesia. O município de Soledade foi
emancipado em 29 de março de 1875, mas as terras que hoje constituem o
município de Espumoso permaneceram praticamente desertas até meados da
Segunda década do século XX.
A origem do nome Passo Espumoso, assim chamado na época, motivo pelo
qual havia o poço onde se montavam as balsas para o transporte de
madeiras, Rio Jacuí abaixo. Mais tarde surge o nome
"ESPUMOSO", ocasionado pelo fenômeno, original e único de
abundadante espuma que, descia de diversas cachoeiras, e na revessa,
perto do moinho, se punham a girar com águas, pelo lado esquerdo
formando belos castelos cônicos de até 30 centímetros de altura que
circundavam dia e noite no remanso do rio margeado por lindas e
frondosas árvores nativas, formando uma paisagem que encantava os
viajantes que aqui passavam.
Na época das cheias, a travessia demandava uma grande espera,
originando-se ali, portanto, um pequeno núcleo de construções. Esse
núcleo ficava na confluência de dois caminhos. No sentido Oeste-leste,
ligava Carazinho a Soledade e Porto Alegre; no sentido Sul, ligava
Cacheira do Sul a Sobradinho. Na época, a partir de Espumoso, a região
Norte era rica em pinheirais, os quais eram derrubados e embalsados em
Espumoso com destino, via fluvial, a Cachoeira do Sul e outros centros
de comercialização.
Em 1910, fixaram-se os primeiros habitantes que iriam formar o núcleo
central do povoado, que foram: Horácio Machado, Ângelo Franciosi e
Augusto Tramontini, nas circunferências já existiam alguns moradores
descendentes de indígenas. Cabe ainda salientar, que anterior a essa
época, já existia a zona da Campanha, sendo que alguns fazendeiros
possuíam um bom número de escravos para os trabalhos caseiros e do
campo.
Em 1917, por iniciativa, principalmente, de Valentim Bresolin, André
Lupatini, Pedro Carlet, João Soletti, Francisco Cavalli, Domingos
Cavalli, José Vidori, Josué Faoro e Hortêncio Machado e Augusto
Tramontini seria erguida a primeira capela.
Com a chegada de agricultores que povoavam o interior, surgiram
estabelecimentos comerciais e ocorreu, conseqüentemente, a expansão do
primeiro núcleo. Estes agricultores eram provenientes, em maior parte,
dos antigos núcleos de colonização italiana e alemã, não mais
capazes de absorver os descendentes dos pioneiros, devido as suas
reduzidas e parceladas extensões territoriais.
Em 1920, o município de Soledade termo da Comarca de Passo Fundo, está
administrativamente dividida em nove distritos, sendo Espumoso o 9º.
Nesta época havia importantes estabelecimentos comerciais em Espumoso,
de propriedades das viúvas de Horácio Machado e Augusto Tramontini.
Na época dos primeiros moradores , a região era muito rica em
pinheirais, sendo primeira fonte de riqueza deste lugar a madeira.
A agricultura estava regularmente iniciada. O primeiro produto era
então o milho, seguido pela mandioca e pelo trigo. Com o decorrer dos
anos passou o trigo a constituir-se no principal produto agrícola do
distrito. A partir de 1970 a soja tornou-se a principal fonte de renda.
O desmembramento de Sobradinho, ocorrido em 1927 dava aos habitantes de
Espumoso a esperança de um dia constituir um município autônomo.
Pelo ato n º 120, do Capitão Leonardo Sefrin, o intendente municipal
de Soledade, em 07 de abril de 1932 era criada a Vila de Espumoso. Neste
mesmo ano seria criado o Curato, sendo o primeiro vigário Padre Augusto
Rizzi.
Crescendo
a produção agrícola e aumentando a população distrital em 1940 a
população elevava-se a 6.476 habitantes, dos quais 546 na vila.
A partir de 1950 cresce o movimento e, após plebiscito, em 18 de
dezembro de 1954 pela Lei Estadual n 2554, seria criado o município de
Espumoso.
A instalação do município teve lugar a 28 de fevereiro de 1955, sendo
o Primeiro Prefeito o Sr. Guilherme Joaquim Rotta. A primeira Câmara de
Vereadores foi constituída pelos vereadores: Osvaldo Júlio Werlang,
João Cavalli, Amado Camargo, Orlando Peruzzo, Henrique Luiz Rotta e
Carlos Tatsch.
Relação de Prefeitos:
1º
- Guilherme Joaquim Rotta
2º
- Bel. Getúlio Soares de Chaves
3º
- Sr. Arthur Ritter de Medeiros
4º -
Sr. Edegar Becker
5º
- Sr. Arthur Ritter de Medeiros, pela segunda vez
6º
- Sr. João Odil Moraes Haas
7º
- Sr. Derly Helder
8º
- Sr. José Parizotto
9º
- Sr. Gerson Lopes Rodrigues Machado
10º prefeito - Mário Luiz Bertani
11º - José Parizzotto
E
atualmente o prefeito em exercício é o Sr. José Parizzotto.
PESSOAS QUE DEIXARAM E LANÇARAM
AS PRIMEIRAS SEMENTES DE CIVILIZAÇÃO E PROGRESSO DE ESPUMOSO
José
Capoani e Angelin Ticiani |
1º
Selaria |
Jacó
Boreli |
1º
Sapataria |
Roberto
Schmidt, Osvaldo Werlang,
Augusto Adolfo Gulherme Linné,
Manoel da Silva Corralo |
1ºs
Dentistas |
Justina
Rotta |
1ª
Parteira |
Sr
Tracotini |
1º
Tafona |
Augusto
Tramontini |
1º
Serraria |
Augusto
Tramontini |
1º
Casa Comercial |
Pedro
Bambini |
1º
Ferreiro |
Fioravante
Cavalli |
1º
Oficina a Solda e Oxigênio |
Horácio
Machado |
1º
Bar |
Guerino
Tramontini |
1º
Hotel |
Ângelo
Macalós e Irmãos |
1º
Cinema
1º Carro de Aluguel
1º Posto de Gasolina |
Antônio
Bufhalz |
1º
Farmácia |
Antônio
Demamman |
1º
Funilaria |
Dorival
Guedes |
1º
Delegado e Sub-Prefeito |
Albino
Weirich |
1º
Padaria |
Raimundo
Schmitz |
1º
Alfaiataria |
Bao,
Giango & Cia. |
1º
Fábrica de papelão, caixas e sabão |
|