Quinta-feira, 20 de Março de 2008

PRA VARIAR MAIS UM ESCÂNDALO!

Olha aí mais um escândalo. Não tem como não comentar ou registrar. Que coisa isso. O ser humano não resiste às facilidades e ao dinheiro fácil. Quando a gente pensa que já viu tudo, somos surpreendidos com novas denúncias de desvio do nosso dinheiro. O problema é a impunidade neste país. É o velho jeitinho brasileiro juntando-se a isso uma justiça que privilegia, corruptos e criminosos de toda espécie.
Veja só a última. Vou me limitar a transcrever o que noticiou o Bom Dia Brasil de hoje.

“Uma nova denúncia, de um velho problema: o desvio de dinheiro público. E, de novo, envolvendo uma Fundação da Universidade de Brasília. Os recursos deveriam ir para à saúde de índios, mas foram gastos com festas, viagens e objetos de luxo.
O dinheiro era para cuidar da saúde de índios: quase R$ 14 milhões. Mas foi usado na compra de nove canetas de luxo, ao custo de R$ 1 mil cada uma. Cinco aparelhos de TV de LCD também foram comprados por R$ 13,750.
E o desvio não pára aí. O que fariam índios com 2,5 mil canetas de metal - com ponteira a laser! - a um custo de R$ 37 mil reais? Ou com uma árvore de Natal de R$ 3 mil? Tudo pago com dinheiro do contribuinte, que deveria ter beneficiado duas aldeias indígenas.
Para o Ministério Público, o chefe do esquema é o diretor da editora da Universidade de Brasília, Alexandre Lima. Ele teria aberto uma conta no Banco do Brasil só para receber parte do dinheiro dos índios.
Alexandre Lima é homem de confiança do reitor da Universidade de Brasília, Timothy Mulholland, que está envolvido em outro escândalo: o da Fundação de Pesquisa da UNB, que gastou R$ 500 mil para decorar o apartamento onde morava.
O promotor Ricardo de Souza, que investiga a nova denúncia, diz que várias pessoas poderão ser responsabilizadas pelo desvio de recursos.
“Se verifica aqui indicativos do crime de peculato, tanto aqueles que se beneficiaram com esse desvio de dinheiro público, quanto aqueles que ordenaram esses gastos fora da finalidade dos recursos públicos”, explica.